segunda-feira, 20 de junho de 2011

A quarta última vez

Eu prometi que não voltaria pro teu quarto.
Pensei comigo: se for pra quebrar a cara, que seja por alguém que valha as lágrimas derrubadas. Mas não por ti, Don Juan barato do sorriso torto, tão conquistador com esses olhos verdes-cor-de-mel ou coisa parecida.
Falhei
Lá estava eu, batendo na tua porta, ansiosa pelo teu cheiro
Lá estava você, com a barba rala, cheiro de café.
Não precisa me dizer nada. Só me mostra que valeu a pena eu ter atravessado todas essas ruas pra chegar até aqui.
Segui ele sem esforço algum pro quarto de paredes pretas, me joguei na cama baixa sem precisar de convite, olhei pras paredes, escondendo a vontade de olhar pra barriga dele enquanto ele tirava a camiseta.
Eu, cheia de terceiras intenções esperando alguma pegada ardente me decepcionei quando ele sentou do meu lado.
- E aí...
- E aí?
(silêncio)
Pelo jeito não vai passar disso. Ele nem me olhou com a cara de macho faminto.
Pelo jeito não. Pelo jeito ele não me acha mais tão atraente quanto dizia, nem tão bonita, nem nada. Ou quem sabe, ele está com outra, ou quem sabe, ele só não quer mais.
Maldita hora em que eu resolvi sair de casa pra ouvir aquele sotaque portoalegrense. Maldita hora em que eu fui me apaixonar pelo homem errado, denovo.
Dessa vez nem precisei me dar o trabalho de vestir as roupas e ir embora. Dessa vez, só peguei a bolsa e saí, jurando que nunca mais voltaria. E acho que essa foi a quarta vez. Mas foi a última, eu juro!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Happiness is a matter of choice

Todos os dias eu acordo pensando que o dia que começa pode ser o útimo
Conhece a frase que diz: "Viva cada dia como se fosse o último." ? Então, é exatamente isso
O último pra dizer o que os outros precisam ouvir (o que me faz mais sincera), pra trocar carinho (o que me faz mais afetiva), pra me sentir bonita(o que me faz mais vaidosa), enfim... O último dia da minha vida, e é assim que eu prossigo até que ele chegue ao fim
Quando vou dormir, penso: tenho mais uma chance. Mais uma chance pra dizer o que os outros precisam ouvir, pra trocar carinho, e bla bla bla...
E de fato, é como se fosse sempre o último. As coisas que aconteceram hoje, por menos significantes que possam ter parecido, não vão se repetir amanhã. E nem depois. Não é?
Isso me parece um tanto nostálgico, um tanto descrente na vida, mas na verdade não é. É que eu não gosto muito de existir, e não estou aqui pra existir. Minha passagem não vai ser rápida e nem despercebida por esse muquifo que os mortais costumam chamar de Terra. Venho trazer muita coisa ainda... eu não tenho pressa! Ainda tenho muito pra lhes mostrar. E como eu estava dizendo, eu não vim aqui pra existir. Eu vim aqui pra viver! E olha que eu mal comecei...


"Happiness is a matter of choice. Go and choose!"

Por hoje é isso. Esse parágrafo aqui de cima não tem muito a ver com o texto (a não ser que você esteja o enxergue da mesma maneira que eu, autora) mas eu gosto muito dessa frase e resolovi colocar aí. Por hora, bye bye.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Eu sinto muito pela gente


01/02/2011 ás 18:22

- Tu tem mais é que se foder na vida!
Palavras de minha mãe ditas pra mim

Por que eu não sou a modelo internacional que ela tanto sonhou?
Por que eu não sou a caçulinha virgem que ela queria que eu fosse?
Por que?
Se eu nunca repiti de ano, nunca me meti em briga, nunca roubei, matei ou me prostituí?
Se eu nunca chamei ela de vagabunda, nunca cheguei drogada em casa, se eu beijo ela todos os dias e digo que ela é linda?

Mas e daí? Do que importa isso quando a minha mãe quer que eu me foda na vida?
Mãezinha, eu sinto muito pela gente. Mas se tu ainda acreditares em mim, eu te convido pra ir na formatura da minha faculdade daqui a 6 anos, por que como eu sou uma menina desobediente, não vou fazer o que tu mandou. Não vou me foder na vida.
E eu te amo, minha heroína

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O maior dos meus problemas

Acabo de descobrir o maior dos meus problemas (e talvez a solução de todos eles): eu
Sou eu quem sonha com o amor, sou eu quem sofre com o pé na bunda, sou eu quem insiste em acreditar, sou eu quem dá "a última chance". Sou eu quem nunca quer aceitar quando as coisas não acontecem, sou eu quem sonha alto, e antes mesmo de cair, me quebro em mil pedaços.
Já tentei dormir demais, chorar menos, viver mais, mas um pouco menos intensamente, mas nada adiantou até agora.
Já fiz chantagem pra vida, já fingi ser outro alguém, só pra ver se a sorte mudava, mas ninguém acreditou na história.
Já tentei achar o amor nas carícias entre as coxas, nos olhos verdes, nas tatuagens, nos copos, nos carros, e não encontrei. Mas já consegui me curar a síndrome de Romeu e Julieta (aquela que faz as pessoas acreditaram que tudo é eterno, lindo e que as pessoas podem mesmo morrer de/por amor).
No momento, não tenho encontrado nada atraente, significante e que me motive a trocar o ar dos pulmões
Todavia, vou respirar fundo, tomar mais alguns comprimidos, passar o lápis preto no olho e colocar uma calça apertada
Quem sabe, por aí, eu encontre palavras boas, pessoas boas, bebidas fortes, já que agora eu descobri que o meu maior problema sou eu
Mas, por hora, estou de férias. Em espera. Stand by. Mas de mim mesma
E aguardando alguém que me diga que o meu coração não quebrou. Pelo contrário, pulsa melhor do que antes, e está ali a espera de alguém pra machucá-lo novamente. Ou então, alguém que segure minha cintura com força, morda meus lábios, fale alto comigo e me faça ver que a mulher que eu tanto tento ser, é uma menininha eufórica descobrindo a vida.






Espero que tenham gostado do texto. Não reativei o blog ainda, mas terminei ontem esse texto, e resolvi postar. Não tenho nenhum outro pronto, mas ocasionalmente, estarei postando alguma coisa por aqui. No mais era isso. Abraço!

domingo, 26 de dezembro de 2010

Fechando para balanço

Estou fechando o blog este ano com 144 postagens. Bastante, né?
Quero agradecer aos que me acompanharam durante o ano inteiro. Pra mim o blog é importante. São meus pensamentos e sentimentos expostos, e fico feliz em saber que os compartilho com bastante gente. Vou fechar o blog por um tempo, volto ano que vem. Em janeiro, fevereiro, ou quando eu tiver posts novos para colocar aqui. Talvez eu viage nas férias, mas enfim... Feliz Ano Novo a todos, e que ano que vem vocês estejam aqui comigo de novo. Vou deixar um texto do último episódio de "Afinal, o que querem as mulheres?" que é super bonito. Espero que gostem. Abraço






"A grande questão a ser respondida pelo homem não é quem sou, mas o que desejo. Nós somos definidos pelos nossos desejos, pelas escolhas que fazemos influenciados por eles. Mas por que os seres humanos costumam fazer coisas que não querem? Ou que não sabem que querem? Por que costumamos ser tão cegos aos nossos próprios desejos? Essas são as perguntas que nem Freud e nem qualquer estudioso da mente humana jamais conseguirá responder com perfeição, por que além do nosso grande desconhecimento sobre nós mesmos, somos confrontados com o acaso, ou um acidente, o tempo todo. Mas ainda assim perdidos em meio ao caos de uma teia de coincidências, os seres humanos conseguem ter momentos plenos de felicidade e sentido. É neles que conquistamos a impermanência.
A grande pergunta não é qual é o sentido da vida ou o que querem as mulheres, mas no meu caso, o que uma mulher muito específica quer. O que ela quer daqui a 5 minutos, o que ela quer daqui a 30 segundos, e o que ela quer agora."

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Dois textinhos aí

Opa!
Vou colar aqui dois textinhos pra vocês, um que fiz com minha amiga Lara e outro do programa "Afinal, o que querem as mulheres?". Bem legais, divirtam-se!


Culpa do tempo
Faz tempo que não tenho passado por aqui, talvez minhas palavras tenham se esgotado, ou meus pensamentos não são mais capazes de montar frases, que valem apena ser mostradas ao mundo.
Nesses últimos dias o que tem tomado conta de mim é o cansaço, "a falta de tempo", e também a vontade.
Tenho estado em vários lugares, passado pro experiências que a dias atrás pareciam ser a pior coisa, mas se tornaram a solução para os problemas. Existem pessoas que nunca mais irei manter contado, culpa do tempo.
Existem aquelas que estão por vir, existem as que vão ficar para trás, as que vão seguir comigo, existem aquelas com quem posso contar, aquelas com quem posso beber, e aquelas que nem vale a pena citar.
Ás vezes penso que tudo o que passei não valeu apena, e que os dias vão ser sempre os mesmos, procuro em cada segundo algum motivo por estar respirando, isso pode parecer meio auto-destruidor mas é que eu já não sei mais como colocar as virgulas nem os pontos.
Procuro encontrar algo novo em cada olhar, em cada corpo. Procuro encontrar alguma inspiração, procuro sair da miserável rotina, procuro fazer diferente. Procuro estar em vários lugares, e tento fazer com que minha voz alcance á todos os ouvidos.
Mas não tenho conseguido encontrar, talvez porque em tudo isso eu tenha procurado a tua semelhança, e algo como você é incomparável.
Por: Lara Portilho e Milena Ortiz



Eu sempre achei, que o amor, que o grande amor fosse incondicional, que quando houvesse um grade encontro entre duas pessoas, tudo pudesse acontecer. Porque se aquele fosse o grande amor, ele sempre voltaria triunfal, mas nem todo amor é incondicional. Acreditar na eternidade do amor, é precipitar o seu fim, porque você acha que esse amor aguenta tudo, então de um jeito ou de outro, você acaba fazendo esse amor passar por tudo. Um grande amor não é possível, e talvez por isso é que seja grande, para que nele caiba o impossível.
"Afinal, o que querem as mulheres?"